Definido local de instalação da Incubadora da Indústria Criativa

Foto: Luciano Lanes/PMPA
Uma parceria entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) fará nascer na cidade uma Incubadora de Negócios da Indústria Criativa. O objetivo é lançar as bases para fazer da capital gaúcha um pólo de atração e desenvolvimento de negócios inovadores. Nos próximos anos, devem estar instaladas no local cerca de 60 empresas, reunindo num só endereço empreendedores que, muitas vezes, acabam saindo da cidade em busca de novas oportunidades.

O município está cedendo o espaço que vai abrigar a incubadora na Rua Marcílio Dias, no bairro Azenha, ao passo que a ESPM fará o investimento financeiro e providenciará toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento dos negócios.

O prefeito da Capital, José Fortunati, citou que a decisão de ceder o prédio passou por diversas consultas, incluindo o setor empresarial ligado ao comércio do bairro. “A iniciativa vai impulsionar o processo de revitalização da região”, aposta Fotunati. Na Azenha, há movimento de lojistas que busca mudar a fisionomia decadente, e são previstos desde shopping center até o empreendimento da construtora OAS a ser instalado após a demolição do estádio Olímpico.

O secretário de Indústria e Comércio, Omar Ferri Júnior, também destacou os benefícios que a nova infraestrutura trará para o bairro e para cidade. Segundo ele, a região da Azenha ganhará um espaço diferenciado, pois no local devem ser construídos auditório e espaços para exposições e mostras de arte. A previsão de investimento é de até R$ 3 milhões na primeira fase do projeto, podendo chegar a R$ 10 milhões quando a incubadora estiver operando em capacidade máxima.

O vice-presidente corporativo da ESPM nacional, Emmanuel Publio Dias, destaca que a Capital gaúcha ganhou preferência em relação a outras regiões. “É a primeira Incubadora de Empresas da Indústria Criativa do País. Será uma fábrica permanente de inovação e conhecimento aplicado”, valoriza. Estudos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e da Fecomércio de São Paulo já haviam identificado Porto Alegre como a segunda capital brasileira, atrás da paulista, para desenvolver e gerar riqueza associada ao setor.

Já o diretor-geral da ESPM-Sul, Richard Lucht, disse que a indústria criativa gera uma riqueza sustentável e sem fronteiras, anunciando que em 2013 deverão ser lançados os primeiros editais para que qualquer empreendedor possa participar da seleção de projetos. Lucht espera que a ideia seja a semente para um polo gaúcho na área, que reúne desde setores de criação, música, cinema, moda, turismo, comunicação e tecnologia da informação (TI). “Os talentos vão embora porque se deparam com obstáculos à ampliação das atividades. A meta é inverter a lógica, para que esses criadores se desenvolvam aqui”, destaca.

O Convênio

O convênio prevê repasse do prédio por 30 anos. A instituição de ensino, sem fins lucrativos, começará agora a estudar as instalações para projetar como será a reforma, que tipo de melhorias terá e como será a configuração. O diretor-geral adianta que serão montados espaços para a atuação dos incubados – a meta é atrair até 50 interessados na largada, além de um grupo de empresas já maduras e que poderão comprar serviços das demais atividades.

A ESPM-Sul pretende implantar o projeto a partir da captação de recursos de parceiros públicos e privados. Além das incubadas, a meta é dotar o local de auditório e área de convivência para a comunidade. Caso atraia o número esperado de incubadas na fase inicial e empreendimentos já formados, a previsão é de geração de 700 empregos diretos. A expectativa é de que as obras comecem em 2014, após a liberação completa da área e dos projetos para a reforma.

Ranking

Em termos de criatividade, Porto Alegre é a segunda entre as 50 maiores cidades do Brasil, e a prefeitura quer aumentar o peso dos setores considerados criativos na geração de riquezas. Um índice pouco abordado em pesquisas coloca a capital gaúcha numa posição de destaque quando o assunto é gerar riqueza a partir de novas idéias. Estudo realizado pela Fecomércio de São Paulo cruzou informações como o número de empregados nos setores considerados criativos; também foi avaliado o peso do que é produzido por esse segmento no PIB e as condições de saúde e segurança dos trabalhadores. O resultado foi um índice de criatividade de 98,2 por cento, menor apenas que o da capital paulista, que ficou em 100.

As empresas que mais se destacam são das áreas de software e computação, mercado editorial, televisão, rádio e publicidade. Também têm espaço importante na “economia criativa” arquitetura, artes, moda e design. Somando o desempenho de todos esses segmentos, chegamos ao valor de R$ 4,53 bilhões. Esse número coloca o Rio Grande do Sul fique em quarto lugar entre os estados com maior peso do setor criativo no PIB, com 1,9% das riquezas geradas. É o que aponta outra pesquisa, feita pela Firjan, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Com informações da Prefeitura de Porto Alegre e Jornal do Comércio
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98366
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=151117
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=153393


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